Alta nas vendas de automóveis na China mascara indústria em crise

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Nos primeiros seis meses de 2025, as montadoras chinesas produziram 15,62 milhões de veículos e venderam 15,65 milhões, representando um crescimento de mais de 10% em relação ao ano anterior. Apesar do volume recorde de vendas, o lucro total das montadoras caiu 12%, alcançando 178 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 24,8 bilhões, entre janeiro e maio.

Esse cenário é resultado de uma guerra de preços intensa e prolongada que ocorre há dois anos e meio, caracterizada como uma hipercompetição autodestrutiva, também chamada de “involução”. Em vez de consolidar o setor, essa disputa reduziu a participação de mercado conjunta das 15 maiores montadoras em 1,4 ponto percentual, ficando em 92,2%. A pressão afeta não apenas os fabricantes, mas também toda a cadeia de fornecedores e concessionárias, colocando em risco a sustentabilidade da indústria.

Desde fevereiro de 2025, o governo chinês tem intensificado os esforços regulatórios para eliminar o excesso de capacidade, remover marcas com baixo desempenho e promover mecanismos de saída mais suaves para empresas fragilizadas. A intenção é reorganizar o setor de forma a preservar a competitividade sem sufocar a concorrência.