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Carros elétricos causam mais enjoo, mas ciência já tem solução para iss

  • Foto do escritor: Automotivo
    Automotivo
  • 31 de jul.
  • 2 min de leitura
Foto: Divulgação/BYD
Foto: Divulgação/BYD

À medida que os carros elétricos se popularizam, também cresce a percepção de que esses veículos provocam mais enjoo do que carros a combustão. Mas não é só impressão: já há consenso de estudiosos quanto ao fenômeno. Curiosamente, porém, a culpa não é só da aceleração muito maior dos EVs.


O principal motivo para o enjoo maior nos carros elétricos é a confusão causada pelos movimentos do veículo, que são ligeiramente diferentes do convencional. Isso inclui a aceleração mais sensível ao toque do pé direito e a frenagem regenerativa – que desacelera o carro através do efeito que, simultaneamente, recarrega as baterias, apontam a maioria dos estudos.


“O enjoo acontece quando há uma incompatibilidade sensorial”, explica o neurologista Saulo Nader. “Quando o cérebro recebe informações desencontradas dos olhos, dos ouvidos e do corpo, surgem sintomas como náusea, tontura, suor frio e, em casos mais graves, vômito”.


Segundo o médico, o corpo humano tem uma memória motora, que cresce à medida que a pessoa anda de carro. Essa memória é capaz de reconhecer padrões de movimento dos veículos e, internamente, compensar o mal‑estar.


Além dos movimentos bruscos, outro fator de grande impacto nos ocupantes de um EV é o barulho do carro (ou a falta dele). Isso acontece porque, junto da aceleração, o ronco do propulsor ajuda o corpo a entender o deslocamento do veículo. Sem o estímulo sonoro, a confusão do cérebro só aumenta.


“É sabido que a capacidade do corpo antecipar um movimento pode mitigar a náusea induzida por essa variação”, diz um estudo com participação da Ford.


“Quem dirige raramente enjoa porque antecipa o movimento. Ele sabe quando vai frear, virar ou acelerar”, corrobora Saulo Nader.


Soluções já existem

Havendo poucas dúvidas quanto ao risco ampliado de enjoo nos carros elétricos, as marcas já trabalham em busca de soluções — com diversas alternativas já em lançamento.


Nissan: apresentou a tração integral e‑4ORCE em seus EVs mais novos, distribuindo torque em tempo real para minimizar vibrações incomuns em veículos a combustão. A marca afirma que também reduz os episódios de enjoo em passageiros animais.


Xiaomi, no modelo YU7: introduziu um “modo enjoo” que ajusta suspensão e pedais via multimídia e teria redução de até 51% nos episódios de vômitos, segundo a fabricante.


Universidade de Nagoya: descobriu que ouvir um barulho constante a 100 Hz durante um minuto antes da viagem pode “ativar” o sistema vestibular e melhorar a resposta do sistema nervoso ao movimento — técnica aplicável por qualquer usuário por meio de celular e fones de ouvido.


Marcas como Mercedes‑Benz, BMW e Hyundai já inserem roncos artificiais de motor em seus elétricos, simulando feedback sonoro para o ocupante.


Pesquisadores da Universidade de Michigan estão testando métodos ainda mais ousados, como cintos de segurança que apertam os ocupantes em pontos específicos para “desconfundir” o corpo e evitar a náusea.

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