Novo acessório automotivo vira truque contra ladrões de carro no Brasil
- Automotivo
- 29 de jul.
- 2 min de leitura

Nos últimos meses, uma tendência curiosa e inusitada vem ganhando espaço nas redes sociais e nos sites de vendas online: o uso de máscaras realistas colocadas nos encostos de cabeça dos bancos dianteiros dos carros como forma de afastar criminosos. A ideia, que começou como uma brincadeira ou artifício estético, evoluiu para uma estratégia de segurança, simulando a presença de uma pessoa dentro do veículo mesmo quando ele está estacionado e vazio. Essas máscaras variam de modelos esportivos e fantasiosos a versões extremamente realistas com feições humanas — algumas até inspiradas em celebridades. A prática, que já havia se popularizado nos Estados Unidos e na Europa, agora chegou ao Brasil e tem sido adotada por motoristas como uma forma criativa de desestimular furtos e arrombamentos.
Algumas pessoas utilizam máscaras de esqui, balaclavas ou toucas comuns, enquanto outras investem em versões mais elaboradas, com valores a partir de R$ 10. A estratégia também ganhou destaque em vídeos nas redes sociais, onde motoristas registram as reações de pedestres e outros motoristas ao perceberem o "passageiro mascarado". Em alguns casos, as máscaras são usadas até como pegadinhas por seguranças, principalmente nos Estados Unidos. Do ponto de vista legal, o uso dessas máscaras dentro dos veículos não é considerado uma infração de trânsito, desde que não comprometa a condução, o campo de visão do motorista ou os equipamentos de segurança do carro.
De acordo com o advogado especialista em trânsito Marco Fabricio Vieira, trata-se de um ato atípico, ou seja, algo não previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro. No entanto, ele alerta que o uso pode gerar problemas em contextos específicos, como tentativas de enganar autoridades, simulações de sequestro ou ações que dificultem abordagens policiais. Nestes casos, o contexto e a intenção do motorista são determinantes para uma eventual responsabilização legal. A prática, embora criativa, exige responsabilidade para não se transformar em um problema maior.
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